A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo fez um alerta
referente ao crescente número de atendimentos realizados nas unidades de saúde
do SUS (Sistema Único de Saúde) em decorrência de asma. De acordo com dados da
pasta, somente nos meses de janeiro a março deste ano, as internações causadas
pela doença aumentaram em 50,7% e os atendimentos ambulatoriais, 20,3%. A alta
já havia sido verificada em 2022, ano onde houve aumento expressivo no número
de procedimentos relacionados à asma em relação a 2021.
Ao todo, foram registradas 4.416 internações e 15.910
atendimentos ambulatoriais no Estado de São Paulo nos primeiros três meses de
2023, um crescimento expressivo em relação às 2.929 internações e 13.216
atendimentos realizados no mesmo período do ano passado. Já no primeiro
trimestre do ano passado, a tendência de alta já estava chamando a atenção, em
relação ao mesmo período de 2021, com o registro de um aumento de 90,8% nas
internações (foram 1.452 em 2021) e 101,7% nos atendimentos ambulatoriais
(6.926 em 2021).
No total, os números de 2022 também superaram os de 2021,
mas em menor proporção. Foram 15.533 internações, comparadas a 11.551 em 2021,
um aumento de 34,4%, e 60.804 atendimentos ambulatoriais, sendo que houve
40.974 desses atendimentos em 2021, representando 48,3% de aumento.
Segundo a Dra. Samia Rached, pneumologista do ambulatório de asma grave do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, um dos pontos para o aumento no número de casos de asma se dá pela chegada do inverno. “O inverno é um período de risco para quem tem asma, tanto pelas mudanças do tempo quanto pelo aumento das infecções virais. Nessa época do ano, é normal aumentar a procura pelo Pronto-Socorro por crises asmáticas, inclusive com internações”, disse. “É importante usar os medicamentos da forma como os médicos orientam, além de se proteger: evitar contato com pessoas com gripes e resfriados, tomar as vacinas que previnem doenças respiratórias e evitar contato com o que pode desencadear uma crise”, completou.
O que é asma?
A asma é um processo inflamatório das vias respiratórias que
causa o estreitamento dos brônquios, que são os canais por onde passa o ar nos
pulmões. A doença causa tosse seca, chiado no peito, sensação de pressão nos
pulmões, falta de ar e dificuldade para respirar. A pessoa afetada pela
condição possui mais dificuldade para expelir o ar dos pulmões do que para
inspirar, causando a sensação de sufocamento.
O agravamento da doença está ligado a crises alérgicas,
contato com fumaça, gases químicos, produtos de limpeza com cheiro forte,
perfumes, infecções virais, poluição, exposição ao tempo frio, pólen e a
micro-organismos, como ácaros e fungos, que se proliferam em ambientes com
muita poeira, quentes e úmidos. A causa, no entanto, é desconhecida e, segundo
especialistas, envolve fatores genéticos e ambientais.
Os sintomas, a gravidade da doença e os gatilhos que levam
ao agravamento variam muito de pessoa para pessoa, então o tratamento é
individualizado e, na sua maioria, por meio de medicamentos que atuam para
desinflamar os brônquios ou atenuar os sintomas.
A asma não tem cura, mas a maioria das pessoas asmáticas
vive uma vida normal, sem impedimentos à prática de atividades físicas, ao
desempenho regular no trabalho ou nos estudos e sem maiores restrições para
além de deverem evitar o que pode desencadear crises.
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